Não, existem as culturas geneticamente modificadas para resistência a insetos conhecidas como plantas Bt, essas plantas possuem genes da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt), naturalmente encontrada no solo.
Esse microrganismo produz uma proteína (chamada Cry) que é tóxica para alguns insetos – das ordens Lepidoptera (borboletas e mariposas), Diptera (moscas e mosquitos), Coleoptera (besouros) e Hymenoptera (vespas, abelhas e formigas) – e também para espécies de nematoides (parasitas), mas não tem efeito sobre outros organismos nem sobre o homem. Além disso, cientistas também estão desenvolvendo plantas com maior valor nutricional, como o arroz dourado (golden rice), rico em pró-vitamina A, que pode ajudar a reduzir a incidência da carência dessa vitamina em milhares de pessoas no mundo. Este produto está em fase de testes de campo na Ásia.
Outras plantas transgênicas, ainda em fase de desenvolvimento, poderão ajudar na redução do risco de doenças cardiovasculares, gastrointestinais, oculares e diferentes tipos de câncer. A biotecnologia também pode ser uma grande aliada da saúde humana ao permitir o desenvolvimento de kits de diagnósticos à base de plantas transgênicas que custam cerca de um décimo do valor dos convencionais. Por meio da reação do contato entre o material coletado de um paciente e uma planta geneticamente modificada, é possível verificar se o indivíduo tem anticorpos contra determinada doença.
Desde 2011, uma pesquisa feita em parceria entre a Universidade de Brasília (UnB), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia utiliza plantas transgênicas de alface para diagnóstico do vírus da dengue, de forma confiável, de baixo custo, fácil produção e uso.