Sementes certificadas melhoram a produtividade e os lucros do agricultor
A semente é o insumo mais importante da agricultura. É ela quem carrega todo o potencial produtivo da planta. Assim, não adianta investir em preparo de solo, controle de pragas e doenças e no manejo da lavoura se o cultivo partir de uma semente ruim.
Grão não é o mesmo que semente
O grão é destinado ao consumo como alimento para pessoas e animais e para os processos industriais. Sua qualidade é medida por aparência, sanidade e propriedades físico-químicas específicas para o processamento.
Já a semente precisa germinar e, para dar origem a uma nova planta, tem que estar viva. Assim, sua qualidade é determinada pelo estado fisiológico como capacidade de germinação, respiração e sanidade.
Sementes certificadas trazem eficiência e sanidade para a lavoura
Sementes certificadas são insumos resultantes de anos de pesquisa em melhoramento genético. Antes de chegar ao campo, passam por avaliações rigorosas em todas as fases de desenvolvimento, desde a origem genética até o controle da multiplicação de sementes e gerações de plantas. Os protocolos estabelecidos por lei, têm o objetivo de garantir que não foram contaminadas por sementes de outras culturas ou plantas daninhas, que apresentam altas taxas de germinação, uniformidade e vigor e, ainda, que estão totalmente livres de pragas e doenças.
O processo de produção das sementes certificadas é feito em locais específicos, isolados e livres de qualquer tipo de contaminação. Depois da colheita, os grãos passam por muitos testes de laboratório para avaliar pureza, qualidades fisiológicas e sanidade. Somente lotes aprovados seguem para o beneficiamento onde são retiradas as impurezas e materiais indesejáveis como grãos quebrados e sementes de outras espécies, por exemplo. Neste momento, também é feita a classificação por tamanho, peso e idade.
Apenas as sementes que atendem a todos estes fatores e protocolos podem ser registradas no Ministério da Agricultura e, consequentemente, comercializadas para o plantio.
Sementes certificadas: garantia de inovação no campo
Semente pirata é ruim para a lavoura e para o bolso do agricultor
Sementes sem certificação, chamadas popularmente de sementes piratas, são produzidas sem passar por nenhum controle de qualidade e, também, não têm registro no Ministério da Agricultura.
A produção, venda ou compra de sementes piratas é ilegal. Além disso, o uso desse tipo de produto pode causar prejuízos de até 2 bilhões de reais por ano ao agricultor.
O prejuízo mais imediato é a baixa germinação. Sem uniformidade, estas sementes geram falhas na lavoura, deixando mais espaço livre para o surgimento de plantas daninhas, dificultando o controle e aumentando os gastos com defensivos agrícolas.
Campanha de combate à pirataria
Há anos, a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (ABRASEM) trabalha para conscientizar comerciantes e agricultores sobre os riscos do uso de sementes piratas. Entre os esforços da entidade, estão a criação de um Programa para esclarecer dúvidas e um canal de denúncias sobre a produção, venda e uso de sementes piratas.
Pela importância do tema, a CropLife Brasil apoia a campanha. Paulo Campante, diretor da Câmara de Germoplasma (Sementes e Mudas) da CLB explica que “além de não possuir garantia, origem ou qualquer rastreabilidade, o uso de sementes não certificadas coloca em risco todo o investimento econômico da lavoura ao não atender os padrões mínimos de qualidade e ser fonte de disseminação de pragas e doenças”.
Campante afirma, ainda, que “ao utilizar sementes ilegais ou informais, o agricultor não remunera o sistema de pesquisa e desenvolvimento. O que acaba desestimulando a geração e o lançamento de novas cultivares no mercado. Principal vetor de transferência de tecnologia ao agricultor, a semente certificada carrega consigo, além do potencial produtivo, adaptabilidade a diferentes regiões e resistência a pragas e doenças, fatores fundamentais para o sucesso da produção agrícola brasileira”, conclui Paulo Campante.
Para tirar outras dúvidas ou fazer uma denúncia, acesse o site da campanha: