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Agricultura digital: novas soluções para velhos problemas

Com o desenvolvimento de novas tecnologias, os equipamentos agrícolas estão cada vez mais conectados, facilitando o trabalho do agricultor na gestão da propriedade em todas as etapas da cadeia produtiva.

De olho no setor, em 2014, três profissionais juntaram seus conhecimentos nas áreas de administração de empresas, design e engenharia elétrica e criaram a Agrosmart, uma das empresas de agricultura 4.0 mais promissoras do país. 

A CEO Mariana Vasconcelos explica que a motivação veio de dentro de casa, já que os fundadores são netos e filhos de agricultores. No início, o investimento foi do próprio bolso, porém, a startup já recebeu aporte de mais de 30 milhões de reais.

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A empresa oferece diferentes produtos para auxiliar no manejo das lavouras. A primeira etapa consiste na coleta de dados no campo com sensores e imagens de satélites. Com a organização dessas informações em uma plataforma, o produtor consegue realizar, com exatidão, o manejo de irrigação para cada talhão da lavoura. 

Agricultura digital: sistema de irrigação digitalizadoO agricultor também pode criar alertas com dados de previsão do tempo e dos sensores instalados na propriedade. Todas as informações são transmitidas em tempo real e disponibilizadas em um aplicativo, acessado pelo celular, tablet ou computador. A startup é a responsável pela leitura dos diferentes protocolos dos sensores. “Para o manejo de doenças, por exemplo, existe um modelo preditivo para a ferrugem do café. A gente aponta o risco do desenvolvimento da doença em diferentes partes da plantação e ajuda o produtor a corrigir e fazer as melhores aplicações para evitar perdas, usando os insumos de maneira mais racional”, detalha Mariana.

Em média, os produtores economizam até 60% de água, 40% de energia elétrica e aumentam a produção em até 20%, usando diferentes soluções combinadas para ter um manejo eficiente e mais sustentável. 

O custo dos serviços é variável e depende do tamanho da área. Para o pequeno produtor, há um modelo de tecnologia compartilhada sendo possível um rateio do investimento. O custo mínimo é de 99 reais por mês.

Hoje, a Agrosmart monitora mais de 800 mil hectares em 9 países. Para Mariana, o setor “ainda está nas primeiras etapas da transformação digital, de começar a ter dados. Ainda tem muito para explorar dentro dos conceitos de inteligência artificial, dos conceitos de blockchain, de rastreabilidade e até de edição gênica empregando CRISPR. Tem muito a ser desenvolvido dentro das diferentes bases tecnológicas”.

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Agricultura digital: Rafael ZanettiOs irmãos Rafael e Gabriela Zanetti produzem café na fazenda São Pedro, em Batatais (SP). A cultura, que está na família há gerações, hoje ocupa 107 hectares. A primeira tecnologia aplicada na fazenda foi o sistema de irrigação. Porém, os agricultores não sabiam a hora certa e a quantidade necessária de água a ser usada no cafezal. Por isso, resolveram investir na implantação da agricultura 4.0 para irrigarem as plantas com exatidão, sem desperdício e, assim, racionalizar o uso da água, “Hoje, temos dois produtos da empresa. Os sensores de umidade do solo e uma estação meteorológica que auxilia na tomada de decisões, principalmente nas pulverizações e na previsão do tempo. A gente tem um controle melhor de umidade do ar, vento, luminosidade, coisas que interferem em uma boa aplicação de insumos nas lavouras”, explicou Rafael.

Para administrar a fazenda, o agricultor, que também é engenheiro agrônomo, usa um software de gestão que o auxilia no planejamento de serviços e custos. “A produtividade vem aumentando a cada ano. Acredito que é um conjunto de fatores, não só a tecnologia de uma empresa, mas todo um trabalho desenvolvido com a irrigação, com o manejo das lavouras e de solo. Temos ótimos resultados, com uma média muito boa”, destacou o agricultor.

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