As plantas geneticamente modificadas com atividade inseticida, popularmente conhecidas como Bt, contêm genes da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt), naturalmente encontrada no solo. Esse microrganismo produz uma proteína (chamada Cry) que é tóxica para alguns insetos – das ordens Lepidoptera (borboletas e mariposas), Diptera (moscas e mosquitos), Coleoptera (besouros) e Hymenoptera (vespas, abelhas e formigas) – e também para espécies de nematoides (parasitas), mas não tem efeito sobre outros organismos nem sobre o homem.
Por conta dessa característica, cientistas identificaram no DNA da bactéria Bt os genes responsáveis pela expressão das proteínas inseticidas e os introduziram em plantas de interesse agronômico, como a soja, o milho e o algodão. Os insetos-praga, então, ingerem a planta geneticamente modificada e a proteína ativa se liga a um receptor específico nas células do intestino deles, que fica danificado e faz com que os animais acabem morrendo.