Os transgênicos disponíveis no mercado são submetidos a análises toxicológicas, alergênicas, nutricionais, agronômicas e ambientais que passam pela avaliação de uma comissão de especialistas em biossegurança. Só depois disso é que eles são aprovados para cultivo comercial e consumo. Assim, para todos os transgênicos liberados para consumo, os pesquisadores já responderam e comprovaram que esses produtos não apresentam evidências científicas de malefícios à saúde humana, animal e ao meio ambiente.
As avaliações de segurança seguem padrões internacionais definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), entidades que já manifestaram apoio aos transgênicos – além de outras, como a Academia de Ciências do Vaticano.
Em 2010, a Comissão Europeia divulgou um balanço de estudos sobre transgênicos financiados pela própria instituição na última década. Dos 50 projetos de pesquisa apresentados na publicação – os quais envolveram mais de 400 grupos –, a principal conclusão foi que “não há nenhuma evidência científica associando os OGM a maiores riscos para o meio ambiente ou para a alimentação se comparados aos apresentados por plantas não geneticamente modificadas”.
Vale destacar que a ciência busca trabalhar com a inserção de genes que já tenham um histórico seguro para consumo humano ou que, indiretamente, estejam presentes no nosso dia a dia. Um bom exemplo é o gene da bactéria Bacillus thuringiensis, que confere resistência a pragas que atacam o milho. Há mais de duas décadas, a proteína dessa bactéria, naturalmente encontrada no solo, passou a ser usada na agricultura convencional e, posteriormente, na orgânica, integrando a nossa alimentação diária.