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Café nosso de cada dia: produção e consumo com tecnologia

Uma das bebidas mais apreciadas pelo mundo é também um grande produto da agricultura brasileira

Difícil encontrar alguém que não goste de um bom café. Se você já é um apreciador, aí vai mais um conjunto de motivos para valorizar ainda mais a bebida que faz parte do nosso dia a dia. Afinal, o grão é um dos produtos mais relevantes da agricultura brasileira. Somos o maior produtor e exportador de café. Ao passo que com tanta produção, o setor tem importante papel em termos econômicos e sociais.

Quer saber mais? Segue a leitura desse texto. Aqui você vai conhecer como está o nosso consumo, produção, exportação e o que contribuiu com os avanços que tivemos até aqui. Assim como, apresentaremos dados de uma pesquisa divulgada neste ano pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O levantamento “Agronegócio do Café – Produção, Transformação e Oportunidades”.

 

Agronegócio do café – Produção, Transformação e Oportunidades

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Como está o consumo de café no Brasil?

O consumo do grão no Brasil cresceu cerca de 13% nos últimos dez anos, passando de 18,7 milhões de sacas de 60 kg para 21,2 milhões de sacas, principalmente no interior (62%). A região Sudeste lidera com 44,3%. O grão é o item mais consumido, com 78,1%, seguido por arroz (76,1%), feijão (60,0%), pão de sal (50,9%) e óleos e gorduras (46,8%), de acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018 (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE- POF).

Entre os apreciadores do café, por exemplo, os que ganham até 10 salários-mínimos são os que mais consomem (83%), com ênfase para a faixa de 3 a 6 salários-mínimos (32%).  A pesquisa também mostrou uma mudança de comportamento nas capitais e regiões metropolitanas nos pontos de consumo. As cafeterias estão usando muito mais máquinas de café por cápsula. Por certo, pela praticidade de entregar um cafezinho mais rápido para os clientes.

De onde vem o nosso café?

Para que a produção de café tenha chegado ao status que alcançamos, um longo trabalho é realizado pela cadeia produtiva. São mais de 264 mil propriedades agrícolas, 1.050 unidades industriais de beneficiamento e 826 estabelecimentos comerciais atacadistas especializados na distribuição do produto. E esse complexo é um importante elo de geração de emprego e renda, fornecendo ocupação para aproximadamente 585 mil pessoas.

De acordo com o último Censo Agropecuário do IBGE (2017), 72% dos estabelecimentos são de pequeno porte (menos de 20 hectares), e 5% médios-grandes (mais de 100 ha.). Porém, quase metade da produção nacional está concentrada nas propriedades com áreas acima de 100 ha.

 

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Ciência e tecnologia elevaram a produção e reduziram a área de cultivo

Na última década, a produtividade média em valor (R$/ha) das propriedades de café do Brasil teve uma alta de 38%.

A produção também registrou um salto de 25,3%. Na média das safras de 2008/2009 a 2011/2012, a produção brasileira saiu de 44,3 milhões de sacas de 60 quilos, para uma média de 55,4 milhões de sacas entre 2018/2019 e 2021/2022, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB).

Esse crescimento pode ser explicado pela transformação que o setor viver nos últimos anos, com investimentos em melhores técnicas de manejo e cultivo, melhoramento genético e na infraestrutura das propriedades. Aumentamos em 12,1% o número de árvores (totalizando 7,19 bilhões) e tivemos um cresci­mento de 42,5% na produtividade (sacas/hectare) e de 19,8% no adensamento do número de árvores por hectare (ha). Com o ganho de eficiência foi possível reduzir 12,3% a área necessária para a produção de café no Brasil.

Para você ter uma ideia, Minas Gerais é o maior produtor e responsável por 50% do total produzido no Brasil, seguido por Espírito Santo (27%) e São Paulo (9%). Para ilustrar a importância dos mineiros no café, podemos fazer uma comparação. O desempenho do Estado equivale ao do Vietnã, que é o segundo maior produtor global de café.

Café brasileiro pelo mundo

O Brasil é considerado líder global nas exportações de café verde e é o segundo maior exportador de café solúvel. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) o produto brasileiro chegou a 149 mercados em todo o mundo em 2021. As exportações representaram cerca de 60% do volume da oferta agregada.  O café brasileiro está presente nos EUA (17%), Alemanha (25%), Itália (26%), Japão (25%) e Bélgica (39%).

 

 

Principais fontes:

Agronegócio do café – produção, transformação e oportunidades, 2023.

Deiziane Gomes dos Santos, Caroline Corrêa de Souza Coelho, Anna Beatriz Robottom Ferreira e Otniel Freitas-Silva.  Brazilian Coffee Production and the Future Microbiome and Mycotoxin Profile Considering the Climate Change Scenario. Microorganisms 9, 858, 2021.

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