Agro brasileiro tem papel estratégico e pode liderar agenda global no tema.
A CropLife Brasil promoveu, nesta quarta-feira (25), um workshop virtual com o tema “Desafios e Oportunidades de Descarbonização no Agronegócio”, em parceria com a PwC Brasil. Destinado às empresas associadas à entidade, o webinar abordou o papel estratégico do setor na redução de emissões e seu potencial na agenda climática global, diante das exigências crescentes por uma produção de alimentos sustentável capaz de atender à demanda global.
“Foi um ótimo momento para debatermos as oportunidades e os desafios relacionados à produtividade de alimentos e à resiliência climática. O Brasil está muito bem posicionado para avançar nessa agenda e se tornar um dos países líderes desse tema. Acredito que a mensagem de educação, o incentivo ao debate e a disseminação de conhecimento, como o que fizemos aqui hoje, são passos importantes que podemos levar para o restante da cadeia produtiva”, comentou o gerente executivo da CropLife Brasil, Renato Gomides.
Segundo a PwC, a jornada de descarbonização do agro demandará coordenação de todo o setor e o desenvolvimento de novas soluções integradas à agenda de carbono. Isso requer articulação para superar barreiras à adoção de práticas em larga escala e a necessidade de tecnologias que promovam a captura de carbono, aliadas ao aumento de produtividade e resiliência no campo. “Investimentos em P&D (pesquisa e desenvolvimento) são a solução. Precisamos seguir investindo em novas tecnologias e encontrar novas e melhores alternativas que estejam alinhadas tanto com a agenda de descarbonização quanto a crescente demanda global por alimentos”, comentou a gerente e especialista em Descarbonização na PwC, Bruna Dias.
Além das ações dentro do próprio setor, o agronegócio pode contribuir para a descarbonização de outras áreas, pois é fornecedor de materiais sustentáveis e de energia limpa, especialmente para o setor de transportes. Um caso de destaque é o RenovaBio, política pública que fomenta a produção e o uso de biocombustíveis, promovendo a transição da matriz energética dos transportes.
Com isso, fica evidente que o agro brasileiro já adota práticas sustentáveis e alavanca as vantagens naturais do país, o que representa uma oportunidade estratégica de posicionamento para a COP30. “A COP será uma oportunidade única para o Brasil se posicionar como hub de descarbonização global. Somos protagonistas em produção de bioenergia e líderes em produtividade e práticas sustentáveis. Precisamos fortalecer a agenda de diplomacia climática e nos posicionarmos à frente da questão de descarbonização”, completou Bruna Dias.
