Jornada de eventos voltados ao tema debate toxicologia, avaliação de risco e segurança dos alimentos.

A CropLife Brasil (CLB) iniciou nesta terça-feira (30) a série Diálogos CLB – Segurança dos Agroquímicos, uma jornada de três encontros que abordará aspectos relacionados aos critérios e análises da indústria de defensivos químicos e os processos de avaliação de risco relacionados ao meio ambiente, saúde humana e alimentos. Os eventos são exclusivos para os associados, e voltados às áreas técnicas e transversais.
O primeiro encontro, que reuniu 103 participantes de forma híbrida, trouxe à pauta conceitos de segurança em toxicologia e avaliação toxicológica. O objetivo foi apresentar conceitos científicos, além de explicar quais são e como são realizados os processos de avaliação tanto para o ingrediente ativo e o produto técnico, quanto para produtos formulados.
“Estamos passando por um momento de cristalizar cada vez mais o nosso sistema regulatório baseado em avaliação de risco, e não somente na avaliação de perigo. Sabemos o desafio de envolver profissionais em um setor especializado e científico. Nós temos diversas áreas que lidam com temas da ciência toxicológica como comunicação, jurídico, relações institucionais e administrativo. A ideia deste Diálogo é trazer os conceitos básicos e trabalhar o letramento neste universo”, apresentou o gerente de Defensivos Químicos da CropLife Brasil, Arthur Gomes.
O diálogo foi organizado pela equipe de Defensivos Químicos da CLB e contou com a palestra da Mariana Aguilera, toxicologista regulatória e especialista de risco (dietético e ocupacional) de produtos químicos na Corteva Agriscience. Aguilera é bacharel em Ciências Biológicas e mestre em Toxicologia, especializada em Análises Clínicas e Toxicológicas.

A especialista detalhou em sua apresentação as diferenciações de termos da toxicologia no âmbito regulatório, considerando toda a estrutura do risco estudado e as etapas que diferenciam risco de perigo. Entre eles, mostrou os estudos dérmicos e cutâneos até os mais complexos, que envolvem genotoxicidade e mutagenicidade.
“Procurei trazer conceitos de forma simples e didática, porque sabia que o público seria formado, em sua maioria, por profissionais que não trabalham diretamente com toxicologia, que é um assunto complexo. São muitos estudos e desfechos toxicológicos que precisam ser traduzidos para o conhecimento de todos. Procurei dividir todas as etapas e avaliações do arcabouço legal existente reforçando, principalmente, que o Brasil tem uma regulamentação forte e estruturada em relação à segurança dos produtos, para a saúde humana”, sintetizou Mariana.
Os próximos encontros acontecem no dia 08 de outubro, com aprofundamento no tema da Avaliação do Risco de aplicadores, trabalhadores, residentes e transeuntes; e no dia 15 de outubro, sobre Avaliação do Risco na Dieta e a segurança para o consumidor de alimentos.