Seminário do IICA debateu casos da pecuária e do cultivo de arroz no Cone Sul e reuniu especialistas de diferentes área e países.

A CropLife Brasil (CLB) participou do seminário “Reposicionando as cadeias de valor agroalimentares do Cone Sul no novo cenário internacional: os casos da pecuária e do arroz” organizado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), com uma apresentação sobre inovação e boas práticas agrícolas. O evento, que aconteceu de maneira híbrida na quinta-feira (6), contou com a presença de representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), academia, indústria e parceiros de diferentes países da América do Sul e teve como objetivo criar um espaço para discussão e troca de ideias sobre os desafios e oportunidades para o segmento, além de formular recomendações para estratégias e ações coletivas (intra e interpaíses) para reposicionar ambas as cadeias no contexto atual.
O especialista em Assuntos Regulatórios de Defensivos Químicos da CLB, Pedro Duarte, representou a associação e realizou uma apresentação com o tema “Inovação e boas práticas agrícolas para o cultivo de arroz – Desafios e oportunidades da agricultura tropical brasileira”, onde apresentou dados relacionados à produção de grãos por área no Brasil, ao panorama global das exportações agroalimentares e o cenário de produção de arroz no Brasil.

O arroz do país representa 28% da produção das Américas e está em 9º lugar na classificação mundial, sendo o terceiro grão mais produzido. O representante da CLB também explicou que um fator de aumento da produtividade do arroz brasileiro é o zelo dos produtores na condução do sistema de produção, otimização do uso de tecnologias e migração do cultivo para áreas com menor restrição hídrica.
Durante a palestra, Pedro falou sobre os desafios fitossanitários da agricultura tropical e como a solução está na integração de diferentes tipos de tecnologias agrícolas para uma produção sustentável. “Um desafio grande que temos no Brasil é o tempo para acesso à novas tecnologias, que são mais modernas, sustentáveis e eficazes. No Brasil, o processo de avaliação, aprovação e registro de novas moléculas de defensivos agrícolas pode se estender por até oito anos. Por aqui, a aprovação de uma nova molécula depende de três órgãos: Mapa, Ibama e Anvisa. Esse trâmite, que é importante, leva muito tempo. Precisamos de mais celeridade e previsibilidade nesse processo para podermos ofertar aos nossos agricultores tecnologias mais atuais, que estejam alinhadas com os desafios da agricultura tropical moderna, com o cenário global atual e que permita que nossa agricultura siga como uma das mais competitivas do mundo”, pontuou o especialista.