CropLife Brasil promove curso de Avaliação de Risco Ambiental (ARA) em Belém

XVII Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia (ECOTOX) reuniu 700 pessoas, entre representantes do governo, indústria e academia

Ações da CLB reuniram governo, indústria e academia com objetivo de divulgar informações e promover debates sobre tema agroquímicos

“Além das aparências: O que ninguém te disse sobre ARA, pesticidas e legislação” foi tema do minicurso promovido pela CropLife Brasil (CLB) durante o XVII Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia (ECOTOX), que aconteceu entre os dias 22 e 25 de outubro, em Belém (PA). Durante o evento, a associação também teve a oportunidade de participar de debates técnicos e apresentar estudos científicos.

 “Foi um evento grandioso, a começar pela proposta que integrava clima, meio ambiente, saúde e sociedade. Na ECOTOX 2024, tivemos a oportunidade de debater temas científicos de uma forma muito aprofundada, além de podermos estar com a academia. Foi um evento que reuniu o que há de melhor na ciência ambiental. O Ibama, nosso órgão regulador, também teve intensa participação nas agendas da CropLife, o que foi extremamente positivo”, considerou Ana Candido, gerente de assuntos regulatórios de defensivos químicos da CLB.

Minicurso

Como uma ação de capacitação, a CLB promoveu o minicurso de 4 horas de duração com o objetivo de gerar um debate sobre a ecotoxicologia aplicada à legislação brasileira, com foco em análise de risco ambiental para diferentes organismos não-alvo, como abelhas, aves e mamíferos, répteis e anfíbios, organismos aquáticos e organismos do solo. 

O minicurso teve como foco a capacitação de estudantes e acadêmicos presentes na ECOTOX 2024

O curso foi ministrado pela bióloga doutora em Ciência do Solo e em Biociências, e especialista em Ecotox e ERA para Latam da Basf, Leticia Scopel, e contou com apoio do engenheiro agrônomo, doutor em Entomologia com ênfase em controle biológico e especialista em ecotoxicologia e políticas regulatórias na Corteva, Veríssimo Sá, e da médica veterinária, mestre em Saúde e Conservação da Fauna Silvestre e membro do comitê de bem-estar animal da Bayer, Ximena Patiño.

Leticia explicou que a proposta da capacitação era passar não somente um conteúdo de cunho ecotoxicológico, mas como também falar sobre como a ARA se adapta e é útil no contexto da ciência regulatória. “Estiveram presentes no minicurso pessoas da indústria, academia e agência regulatória, sendo uma importante oportunidade de troca entre profissionais do presente e do futuro, contextualizando como novos cenários para avaliação de risco a organismos não alvo pode ser combinada com a agricultura brasileira, cada vez mais moderna e sustentável”, ponderou a bióloga.

Apresentação de estudos

Para divulgar estudos técnicos, a CropLife Brasil realizou apresentações de dois projetos sobre organismos do solo liderados por algumas de suas associadas: “Underground: Disclosing the Enigma of Soil Fauna Function & Normality in Brazilian Soils” e “Study Options for a Tiered Risk Assessment Approach for Soil Organisms in Brazil”.

Mesa redonda

Mesa redonda promoveu debate com participação ativa de entes do governo, academia e indústria

A CropLife Brasil também organizou uma mesa redonda com a temática “Avaliação do Risco Ambiental (ARA) de agrotóxicos no Brasil: recentes avanços e perspectivas futuras”. A mesa redonda teve como objetivo gerar uma discussão tripartite entre governo, representado pelo Ibama e pela Embrapa, academia, com a participação da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), e indústria, representada pela CLB. O debate foi moderado pela chefe substituta da Divisão de Avaliação de Risco Ambiental de Agrotóxicos, seus Componentes e afins (Diara) do Ibama, Clara Aragão.

A gerente da CLB destacou a mesa redonda como destaque da participação da associação no congresso. “Foi uma oportunidade que nós, como associação, almejamos há muito tempo: de termos discussão científica tripartite”, ressaltou Ana Candido.

O congresso

A ECOTOX 2024 teve o tema “Integrando clima, ambiente, saúde e sociedade” e reuniu aproximadamente 700 participantes, entre representantes do governo, da indústria e da academia. O congresso debateu temas como avaliação do risco ecológico, impactos ocultos da interação entre mudanças climáticas e poluentes ambientais, contaminação das águas da Amazônia e impactos da mineração. A CropLife Brasil foi uma das patrocinadoras do evento.

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