CropLife apresenta dados de pirataria de sementes de soja em Workshop da Abrass

Evento debateu temas relacionados à qualidade, ao cultivo e a tributação de sementes.

No início deste ano, CropLife Brasil iniciou uma coalização de combate à pirataria de sementes de soja.
No início deste ano, CropLife Brasil iniciou uma coalização de combate à pirataria de sementes de soja. Créditos: Divulgação Abrass

A diretora de Germoplasma e Biotecnologia da CropLife Brasil (CLB), Catharina Pires, participou do Workshop da Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (Abrass) na quinta-feira (29), em Brasília. A representante da CLB conduziu um painel com tema “O Combate à Pirataria de Sementes” e aproveitou a oportunidade para apresentar as iniciativas da associação no combate ao mercado de sementes piratas, além de dados sobre o tamanho e impactos desse mercado para a agricultura brasileira.

“Esse é um tema grave para a cadeia produtiva do agro. Por isso, nós, da CropLife Brasil, estamos fazendo uma coalizão de esforços para mudar este cenário”, explicou Catharina. Um estudo inédito sobre os impactos da pirataria de soja no Brasil, divulgado pela CropLife Brasil em abril deste ano, mostra que a participação desse mercado no agro brasileiro foi de 11% na safra 2023/2024. Além disso, o uso de sementes piratas por área semeada com soja alcançou várias regiões do país, chegando a 28% no Rio Grande do Sul, 23% em Minas Gerais, 20% no Pará, no Piauí e em São Paulo.

A diretora da CropLife afirmou ainda que “é preciso fomentar novas condutas, firmeza na fiscalização e punição para essa atividade ilegal. Com a diminuição das sementes piratas, a produção e qualidade dos alimentos dos brasileiros é garantida e o mercado de sementes tem muito ganhos”. Para que isso aconteça, a associação tem trabalho em parceria com a indústria e outras entidades em ações de combate a esse mercado, além de um esforço em conjunto para divulgar informação sobre os efeitos e danos causados pelo plantio de sementes piratas.

Atualmente, a pirataria de sementes de soja no Brasil gera perdas de cerca de R$ 10 bilhões ao ano para agricultores, indústria de sementes, setor de processamento de grãos e exportações. O combate a esse mercado pode contribuir para o aumento de investimentos em variedades de sementes e avanço tecnológico em R$ 900 milhões nos próximos 10 anos, além de promover o lançamento de novos materiais mais produtivos, resistentes e que necessitam de menos defensivos químicos.

 

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