Com boas práticas agrícolas, Pará se torna exemplo na erradicação de praga frutífera

Com apoio da CropLife Brasil, Mapa reconheceu ação de agência de defesa agrícola do estado que combate mosca

Pará se torna exemplo na erradicação de praga frutífera
Crédito: Maycon Nunes/ Adepará

A Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) lidera há 18 anos o Programa Estadual de Erradicação da Mosca-da-Carambola (GPEMF), que combina boas práticas agrícolas (BPA) e fiscalização rigorosa para combater a mosca-da-carambola (bactrocera carambolae). Essa praga quarentenária ataca mais de 30 tipos de frutas como manga, laranja, goiaba, acerola, caju e carambola e apresenta riscos para a fruticultura brasileira, podendo causar prejuízos sociais e econômicos significativos. Com apoio da CropLife Brasil (CLB), o programa recebeu, no início de fevereiro, reconhecimento nacional do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) pela adoção de boas práticas agrícolas em suas ações de defesa fitossanitária.

A mosca-da-carambola causa aceleramento da maturação e queda precoce do fruto, tornando-o inviável ao consumo. A praga causa, ainda, diminuição da produção, aumento do custo para os produtores,   redução do valor comercial e impede a exportação devido às barreiras fitossanitárias impostas por outros países. Estima-se que, se a praga ficar fora de controle no Brasil, poderá gerar um prejuízo potencial de US$ 30,7 milhões no ano inicial e de cerca de US$ 92,4 milhões no terceiro ano de infestação.

Os estados do Amapá, Pará e Roraima são os mais vulneráveis a essa praga. Por isso, a Adepará coordena o Programa Estadual de Erradicação da Mosca-da-Carambola que envolve barreiras fitossanitárias, campanhas de conscientização, monitoramento com armadilhas e manejo integrado com métodos físicos, biológicos e químicos, em prol da sustentabilidade e competitividade da fruticultura brasileira. A iniciativa também ajuda a evitar que a praga se espalhe para outros estados e polos produtores de frutas no Brasil, protegendo a fruticultura local e nacional, e garantindo a competitividade do setor.

Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará)
Crédito: Divulgação/ Adepará

Reconhecimento

Devido aos resultados e a eficácia do programa, a Adepará recebeu reconhecimento nacional do Mapa pela adoção de boas práticas agrícolas em suas ações de defesa fitossanitária. Dentre os 10 requisitos mínimos de reconhecimento para adoção da BPA exigidos pelo ministério estão o planejamento e gestão do estabelecimento rural; a organização e higiene no estabelecimento rural, o uso correto de insumos, o manejo integrado de pragas e o cumprimento da legislação ambiental e a rastreabilidade do processo produtivo com registros e controles da produção, dentre outros.  

Esse reconhecimento contou com o apoio da CropLife Brasil, que intermediou a solicitação junto ao ministério, reforçando seu compromisso com a promoção de práticas sustentáveis no campo.

As agências de defesa agropecuária estaduais, como a ADEPARÁ no Pará, desempenham um papel fundamental na proteção da agricultura brasileira, atuando como guardiãs da sanidade vegetal e animal em seus respectivos estados. Essas agências são responsáveis por implementar políticas de defesa sanitária, fiscalizar o trânsito de produtos agrícolas e monitorar a ocorrência de pragas e doenças que podem ameaçar a produção nacional. A missão dessas instituições vai além das fronteiras estaduais, contribuindo para a segurança fitossanitária e zoossanitária em nível nacional.

A atuação das agências é coordenada Mapa, que estabelece diretrizes e normas para a defesa sanitária em todo o país. Essa integração entre os níveis federal e estadual é crucial para garantir uma resposta rápida e eficaz a surtos de pragas e doenças, além de promover a harmonização das políticas de defesa agropecuária em todo o território nacional, fortalecendo a capacidade de resposta do Brasil a desafios fitossanitários e zoossanitários.

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