A agricultura tem reflexo sobre vários setores da economia, visto que os negócios ligados ao setor – incluindo a indústria de alimentos – respondem por cerca de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Parte do sucesso da agricultura nacional, tanto para o mercado interno como para o externo, se dá pelo cultivo de transgênicos. Em 2018, 96% da soja plantada no país era transgênica, e o Brasil é um dos principais exportadores desse grão. No caso do milho, foram 89%, segundo relatório do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA). Isso fez com que o país passasse a importar menos milho de nações como a Argentina.
Mesmo sendo um dos principais produtores agrícolas mundiais, o Brasil precisa aumentar a produtividade de sua agricultura, pois ainda importa produtos como trigo, arroz, feijão e frutas. Nesse contexto, surge a oportunidade do uso da biotecnologia, que melhora a produtividade, pela maior resistência das plantas transgênicas a pragas e doenças; reduz custos e o impacto ambiental, e permite o emprego mais eficiente do solo, com técnicas como a do plantio direto, que evita erosão.
Se o solo já estiver degradado, a biotecnologia pode permitir que seja cultivado e seus nutrientes sejam aproveitados, mesmo na presença de estresses como falta d’água, acidez ou alcalinidade alta. Além disso, as novas tecnologias oferecem inúmeras possibilidades com os cultivos tradicionais, como a produção, a partir de plantas, de plásticos biodegradáveis, tecidos especiais (com amido ou seda transgênica), compostos farmacêuticos e até vacinas comestíveis.