FAO publica 15 cases sobre uso de biotecnologias por pequenos agricultores de países em desenvolvimento
Compilado de estudos da ONU aborda diferentes usos de biotecnologias e importância de suas aplicações para maior produtividade e sustentabilidade agrícola
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) publicou, nessa quinta-feira (11), 15 estudos de caso sobre o uso de biotecnologias para atender às necessidades de pequenos agricultores em países em desenvolvimento. O objetivo da publicação é demonstrar como as biotecnologias agrícolas vão além dos organismos geneticamente modificados (OGMs) e contribuem para o aumento da produtividade, melhoria dos meios de vida, gestão de doenças e conservação de recursos genéticos essenciais para sistemas sustentáveis de produção de pequenos agricultores
Os cases trazem aplicações de sucesso de biotecnologias em setores diferentes, como culturas, pecuária, pesca, silvicultura e agroindústria. Além disso, os casos analisados também abrangem diferentes regiões do mundo, ampla gama de espécies e sistemas de produção. As biotecnologias agrícolas analisadas variam de ferramentas de baixa tecnologia, como inseminação artificial e cultura de tecidos, a métodos de alta tecnologia, como sequenciamento completo do genoma, práticas que surgiram como parte crucial do conjunto de ferramentas para transformar os sistemas alimentares.
O relatório é dividido em quatro capítulos, são eles: introdução; estudos de caso em pecuária e aquicultura; estudos de caso em culturas e silvicultura; e visão geral e reflexões sobre os 15 estudos de caso. Os cases variam de estudos em países como Índia, Malawi, Bangladesh, Madagascar, Filipinas, Equador, Vietnã, Etiópia, Quênia e outros. Foram observados, por exemplo, aplicações de biotecnologias para preservar o patrimônio biológico e cultural do povo patagônico, cultura de tecidos de teca para incentivar a agrossilvicultura, uso de ferramentas de DNA para identificar espécies de árvores de madeira e verificar a origem geográfica da madeira, desenvolvimento e implementação de milho inteligente para o clima e feijão-caupi resistente à broca em pequenas propriedades, utilização de papel filtro para diagnosticar rapidamente a peste suína africana e benefícios do sêmen sexado para pequenos produtores de leite. Clique aqui para ter acesso à íntegra do relatório.
Em novembro do ano passado, a CropLife Brasil publicou um estudo sobre os 25 anos do uso de biotecnologia no campo no Brasil. Aqui você tem acesso ao estudo.