A biotecnologia tem contribuído para melhorar a qualidade de plantas e aumentar a produtividade agrícola, de forma sustentável e focada na conservação ambiental. Dessa forma, vem ajudando a produzir alimentos de maior valor nutritivo e espécies mais adaptadas a condições adversas de clima e solo, além de mais resistentes a pragas, doenças e pesticidas.
Com a biotecnologia, também tem sido possível reduzir custos e perdas pós-colheitas, pela produção de variedades que amadurecem mais lentamente que as convencionais. Permite, ainda, um uso mais eficiente do solo – como o plantio direto, que evita a erosão – e oferece novas possibilidades para os cultivos tradicionais, como a produção, por meio de plantas, de plásticos biodegradáveis, tecidos com amido e compostos farmacêuticos. Em resumo, a biotecnologia é uma poderosa ferramenta que pode ser usada para monitorar o processo de extinção de espécies, pela quantificação da variabilidade genética (base da perpetuação de todas as espécies) existente nelas, por meio de testes de DNA.
Ela pode ajudar a detectar, e também a prevenir, a perda da variabilidade genética dos seres vivos. E, ao aumentar a produtividade agrícola, contribui para a redução do desmatamento de áreas naturais e, consequentemente, para a preservação da biodiversidade nesses locais. É bom também lembrar que a biotecnologia não é utilizada apenas nas plantas.
Nos Estados Unidos, liberaram o comércio, no fim de 2015, do primeiro animal transgênico do mundo: um salmão. Ele foi modificado para produzir hormônio do crescimento o ano todo, e não apenas em determinado período. Por meio da introdução de um gene de outro peixe, os pesquisadores conseguiram manter ativo no salmão o gene que produz esse hormônio, levando o animal transgênico a atingir a fase adulta na metade do tempo do convencional.