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Temos que parar de menosprezar a agricultura, diz Lula

Presidente afirmou que avanços na biotecnologia permitem produção de alimentos mais sustentável

Durante a abertura do Brasil Investment Forum (BIF), o Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a importância do agronegócio para o crescimento econômico do Brasil e relembrou os avanços que o setor teve nos últimos anos. O presidente também falou sobre como a biotecnologia faz com que sustentabilidade e agricultura caminhem juntos. O BIF é o maior evento de atração de investimentos estrangeiros da América Latina e reuniu em Brasília, nos dias 6 e 7 de novembro, representantes públicos de outros países, indústria, empresários e investidores.

“A gente tem que parar de menosprezar a agricultura, tem que lembrar quanta tecnologia tem em um grão de soja hoje, lembrar que estamos produzindo muito mais em muito menos terra. Nós não precisamos da mesma quantidade de terra para dobrar nossa produção. A genética nos ensina, a tecnologia nos ensina. É apenas usar a inteligência para fazer este país crescer”, afirmou Lula.

O presidente da CropLife Brasil, Eduardo Leão, celebrou a fala do presidente da República e afirmou que os avanços tecnológicos na agricultura nos últimos anos fizeram com que o Brasil ganhasse destaque no mercado global.

“Como lembrado por Lula, hoje as sementes plantadas carregam tecnologia e geram muito mais em muito menos terra. É a inovação ajudando o país a crescer! Um agro sustentável, rico em inovação e tecnologia, justo para quem produz e consome é a bandeira da CropLife Brasil. O agro brasileiro é sinônimo de evolução, qualidade e possibilidades”, disse o executivo.

Participação CropLife

No segundo dia de evento, a presidente da CropLife International (CLI), Emily Rees, participou do painel “Agroevolução: Produtividade com Sustentabilidade”. Emily debateu o tema com o Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, o Diretor-Gerente do Ministério de Investimentos da Arábia Saudita nas Américas, Abdulrahman T. Bakir, e a Head de Sustentabilidade da Bayer Crop Science Latam​, Carolina Graça.

​Assim como o presidente Lula, o ministro Carlos Fávaro também lembrou do progresso da agricultura brasileira e ressaltou que o Ministério da Agricultura e Pecuária anda lado a lado com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima para que o Brasil continue avançando na produção de alimentos ao mesmo tempo que trabalha agendas globais de mitigação de mudanças climáticas.

“Nos últimos 50 anos o Brasil saiu de uma posição de importador de alimentos para um grande produtor de alimentos, se tornando um dos maiores exportadores agrícolas. Nos últimos anos, as pessoas começaram a ter a impressão de que o agro brasileiro é um agro que vai passando a boiada, que o Ministério da Agricultura e o Ministério do Meio Ambiente são antagônicos. Isso não é verdade. A grande maioria dos produtores respeita as normas de produção, são certificados, trabalham as agendas de sustentabilidade. Menos de 2% dos produtores fogem disso e, a esses, cabem correções legais. Os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente trabalham juntos para que o Brasil produza mais e melhor, com sustentabilidade e responsabilidade ambiental”, disse o ministro.

Já a presidente da CLI contou sobre como a experiência brasileira no agronegócio pode contribuir globalmente para o combate a mudanças climáticas e insegurança alimentar. “Posso dizer que diversos países olham para a expertise e inovação do Brasil como um exemplo e com muito respeito. A agroevolução brasileira é um exemplo de como sair de um país da insegurança alimentar para ser um grande produtor e exportador que hoje contribui para a segurança alimentar no mundo.”

Emily também falou sobre a importância de uma atualização no sistema regulatório brasileiro de defensivos agrícolas. Segundo a executiva, o debate por um novo padrão regulatório traz compromisso com ciência, meio ambiente e proteção da biodiversidade. “Temos oportunidades agora no Brasil para modernizar. Tem o projeto de lei de defensivos que, com 30 anos, merece uma modernização aqui no Brasil para trazer mais inovações, mais sustentabilidade, mais competitividade, mais produtividade no campo. Isso também mostra o Brasil que vai para frente, levando as soluções mais sustentáveis para o produtor rural”, finalizou.

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