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Qualidade da água: o impacto do agro na água que bebemos

A qualidade da água é um dos temas mais debatidos, principalmente, entre quem vive em grandes centros urbanos. A maior dúvida é se a água que chega em nossas casas é realmente segura para o consumo humano. 

Um estudo da ANA – Agência Nacional de Águas – revelou que a demanda por água no Brasil é crescente. Nas últimas duas décadas, aumentou quase 80% e estima-se que até 2030 a retirada de água de rios e poços cresça mais 24%.

A pesquisa também mostrou que a evolução dos usos da água está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e ao processo de urbanização do país.

O que é uma água de qualidade?

Água de qualidade é aquela que atende os parâmetros de potabilidade: não deve ter cheiro, cor nem gosto. Muitos fatores podem alterar a qualidade da água. Entretanto, somente essas características não garantem a sua boa qualidade.

Contaminações por vírus, bactérias e substâncias tóxicas microscópicas são imperceptíveis a olho nu e podem prejudicar a nossa saúde. Por isso, além de não ter cheiro, cor e gosto, as águas consumíveis devem estar enquadradas em parâmetros mais específicos de qualidade, que são determinados pelo Ministério da Saúde.

Nos grandes centros urbanos, por exemplo, a principal preocupação é o despejo de esgoto e rejeitos industriais não tratados nos rios. Já no interior do país, onde lavouras e cidades disputam espaço, a atenção da população se volta para possibilidade de contaminação por resíduos de agrotóxicos. 

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A qualidade da água que consumimos é segura?

Desde 2013, o Brasil tem um sistema para avaliar a qualidade da água, a RNQA – Rede Nacional de Monitoramento de Qualidade de Água. Funciona assim: estados e municípios coletam amostras em mananciais e poços profundos destinados ao consumo humano. 

Os órgãos estaduais de abastecimento de água analisam essas amostras para detectar a presença de contaminantes (orgânicos e químicos). Quem determina quais são estes contaminantes é o governo federal, através da ANVISA (Ministério da Saúde) e da ANA – Agência Nacional de Águas. 

Pontos Ativos de coleta de água

Fonte: Agência nacional de Coleta de Águas (ANA), 2017

Qual a metodologia utilizada para avaliação da água?

Antes de chegar na torneira do consumidor, a água é avaliada por parâmetros químicos, físicos e biológicos que determinam se há alguma alteração ou contaminação.

O principal indicador qualitativo usado no país é conhecido como Índice de Qualidade das Águas (IQA). E ele foi desenvolvido para avaliar a qualidade da água para o abastecimento público, após o tratamento.

O IQA é calculado com base em análises de:

Quando os valores de IQA estão diferentes do usual, são conduzidos testes específicos para se ter certeza do que está errado. 

Até a água bruta – aquela que não será, necessariamente, usada para o abastecimento humano – é monitorada regularmente. Entenda mais no vídeo:

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Nas regiões onde a agricultura é intensa e tecnificada, há uma preocupação com a possibilidade de contaminação da água por defensivos químicos. A legislação vigente no Brasil determina que, pelo menos, duas vezes por ano a água destinada ao consumo seja analisada para detectar se há resíduos de agrotóxicos acima dos limites estabelecidos por lei. 

Se algo for encontrado, órgãos de fiscalização como vigilância sanitária e defesa agropecuária devem aplicar as devidas sanções. Vale ressaltar, que estes casos são raros e pontuais. 

Produtos químicos e biológicos destinados à agricultura passam por um longo processo de avaliação de risco para a saúde humana e ambiental antes de chegar ao campo. O Brasil tem uma das legislações mais rigorosas do mundo para a aprovação de defensivos agrícolas

Tudo é avaliado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Ministério do Meio Ambiente e pelo Ministério da Agricultura (MAPA). Portanto, quando um produto é prescrito por um agrônomo, que determina a necessidade do uso, e é aplicado no campo de forma correta, a chance de uma contaminação é mínima. 

Ainda assim, agricultores modernos, conscientes e com boa gestão de recursos, têm à disposição várias tecnologias para evitar acidentes e garantir a preservação da qualidade da água dos nossos rios, poços e do lençol freático.

Veja o vídeo para entender melhor como funcionam as técnicas de conservação de solo e água.

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