Nossos alimentos são seguros para consumo
O MAPA avaliou alimentos de origem vegetal e mostra que são seguro para o consumo. Acompanhe os resultados da pesquisa.
Uma pesquisa divulgada, hoje, mostra que os vegetais comercializados no Brasil são seguros para o consumo. 89% das amostras de 37 produtos de origem vegetal, analisadas pelo Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Produtos de Origem Vegetal (PNCRC), estão dentro do nível de conformidade, estabelecido no país. O estudo é do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e foi realizado no biênio 2019-2020.
O PNCRC monitora e fiscaliza os resíduos de defensivos agrícolas e de contaminantes químicos e biológicos em produtos de origem vegetal nacionais e importados.
Segundo o levantamento, dos 89% de conformidade apontados nas análises, 49% não apresentaram nenhum resíduo e contaminante e outros 40% apresentaram valores abaixo do Limite Máximo de Resíduos (LMR) vigente no Brasil.
Apenas 11% das amostras apresentaram algum tipo de inconformidade. Desse total, 10% estão relacionadas a resíduos de defensivos agrícolas e um 1% mostrou a presença de contaminantes, como Salmonella (bactéria que pode causar intoxicação alimentar) e micotoxinas (substâncias químicas tóxicas produzidas por fungos). O Mapa passou a autuar as irregularidades desde 2019 e, desde então, já aplicou mais de R$ 4 milhões em multas
Pesquisa
No total 37 produtos, nacionais e importados, passaram por análise – amêndoa, avelã, amendoim, amêndoa de cacau, arroz, alho, alface, abacaxi, batata-inglesa, banana, beterraba, café grão verde, café torrado e moído, castanha de caju, castanha do Brasil, cebola, cevada malteada, citros, cenoura, farinha de trigo, feijão comum (Phaseolus vulgaris), feijão-de-corda (Vigna unguiculata), goiaba, kiwi, manga, mamão, maçã, milho, melão, morango, pimenta do reino, pera, pimentão, soja, trigo, tomate e uva.
As 2.601 amostras são oficiais e coletadas por auditores fiscais federais agropecuários em propriedades rurais, estabelecimentos beneficiadores e em centrais de abastecimento. Todas foram analisadas na Rede Nacional de Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (Rede LFDA). Para o período 2019-2020, foram avaliados 91% de produtos nacionais e 9% importados.
Análises
Os produtos que apresentaram 100% de conformidades no período são: alho, amêndoa, avelã, café, castanha de caju, castanha do Brasil, cebola, cevada malteada, manga e pimenta do reino. Entre os que apresentaram inconformidades, abaixo de 70% pelo uso de defensivo agrícola não permitido para a cultura, estão o feijão comum (Phaseolus vulgaris) e o feijão-de-corda (Vigna unguiculata), goiaba, morango e pimentão. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que as irregularidades encontradas nos feijões não apresentam risco agudo no consumo desses alimentos. De acordo com o Ministério da Agricultura, não foi constatado nenhuma irregularidade por agrotóxicos proibidos no país, o que reforça a segurança dos produtos brasileiros.
Monitoramento dos alimentos
A responsabilidade de fiscalizar o uso de agrotóxicos é dividida entre a União e os Estados. O PNCRC em conjunto com o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) formam o sistema de monitoramento de resíduos de agrotóxicos em alimentos no Brasil. O PARA é coordenado pela Anvisa e analisa amostras de alimentos frescos coletadas nos pontos de venda.
Esse monitoramento reflete nos índices dos últimos anos. Em 2018, o PNCRC mostrou que 92% das amostras analisadas estavam dentro do nível de conformidade. No ano anterior (2017), 89% estavam em conformidade.
Principais fontes:
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, PNCRC Vegetal. Disponível em: https://datastudio.google.com/u/0/reporting/5ce6069c-2e91-4a0b-aba2-e0f538f996e6/page/WTAnC. Acesso em Nov. 2021.