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CropLife Brasil participa do Seminário Os Novos Rumos da Economia Global

Diretor executivo da associação apresentou dados do mercado de produtos biológicos para avanços dos atuais desafios agrícolas globais

O diretor executivo da CropLife Brasil (CLB), Arthur Gomes, participou do painel sobre agronegócio durante o último dia do seminário “Os Novos Rumos da Economia Global: Transformação digital, inovação e desenvolvimento econômico”. Com uma apresentação sobre “A importância da tecnologia para uma agricultura tropical de baixo carbono”, Arthur apresentou dados sobre o mercado de insumos biológicos agrícolas e argumentou sobre inovações e tecnologias agrícolas para uma produção de alimentos mais eficaz e sustentável. O evento aconteceu entre os dias 7 e 9 de março e foi promovido pelo Colégio Permanente de Diretores de Escolas Estaduais da Magistratura (COPEDEM) em parceria com a Escola Superior da Magistratura Tocantinense (ESMAT) com transmissão ao vivo pelo YouTube.

O seminário foi dividido em onze painéis temáticos ligados à economia, sustentabilidade e desenvolvimento. Os painéis abordaram temáticas como a relevância da negociação coletiva para segurança jurídica, IA no sistema de saúde, boas práticas para preservação dos recursos naturais e tendências e inovações no mercado de seguros. Aqui está disponível a gravação do Painel Agronegócio, que também contou com um debate sobre Bioenergia, Jornada Tecnológica e Descarbonização, pelo diretor de inteligência setorial da UNICA, Luciano Rodrigues.

Em sua fala, Arthur afirmou que os produtos biológicos são grande parte da solução para uma agricultura tropical de baixo carbono. O diretor executivo da associação lembrou da crescente demanda global por alimentos e dos diversos desafios atuais que a agricultura vem enfrentando. “O crescimento populacional global cria a demanda pela produção de comida. Como faremos isso? Expandindo área? Para o Brasil, acho que essa não é mais uma via discutível. Temos que investir em tecnologia, aumentar a produtividade e trabalhar para eliminar o desmatamento ambiental”, argumentou.

Em complemento, o representante da UNICA falou sobre como o agronegócio se alinha com demandas atuais como a necessidade de mais energia limpa, expansão de produção com diminuição da liberação de gases do efeito estufa e mitigação das mudanças climáticas. “Como o agronegócio se conecta com transição energética e mudança climática? Eu dividiria em dois blocos: agricultura de baixo carbono e bioenergia. Precisamos saber como nós enquanto setor do agronegócio, enquanto país e indústria estamos nos posicionando em termos de estrutura regulatória e arcabouço institucional nessas questões”, pontuou Luciano.

Durante o painel, Arthur mostrou dados sobre o mercado de produtos biológicos para a agricultura, como informações sobre a pesquisa e o desenvolvimento de bioinsumos agrícolas e as projeções desse mercado até o ano de 2030. “O mercado de biocontrole mundial tem uma previsão de crescimento anual de 13.6%. A gente deveria olhar para esses números e entender que realmente esse é o futuro das tecnologias de controle. O Brasil, em especial, se destaca pela maior taxa de crescimento do mercado de produtos biológicos. Esse é o futuro”, afirmou.

Nas últimas décadas, o Brasil teve um aumento de 503% de produção, versus um aumento de 93% da área cultivada. Segundo Arthur, o ganho de produtividade observado no Brasil nos últimos 40 anos se deve à adoção de tecnologia. Dentro disso, o diretor executivo também apresentou números de uma pesquisa realizada pela CropLife Brasil sobre a adoção do cultivo de plantas transgênicas no Brasil nos últimos 25 anos. Segundo a pesquisa, esses plantios colaboraram para uma redução no uso de defensivos químicos, combustíveis fósseis, água, além de gerar aumento de produtividade em uma mesma área cultivada.

“O Brasil tem um grande potencial para a produção de pesquisa e desenvolvimento em tecnologias agrícolas que podem ajudar a solucionar os atuais problemas enfrentados pelo setor, como as mudanças climáticas. O agricultor brasileiro enfrenta problemas únicos, não enfrentados por produtos europeus, por exemplo. Isso cria uma vontade maior de inovar e avançar em novas tecnologias agrícolas? Acredito que sim e precisamos usar isso para avançar em uma agricultura mais limpa, sustentável e de acordo com as demandas globais”, finalizou Arthur Gomes.

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