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CropLife Brasil lança estudo sobre 25 anos de cultivo de transgênicos

Em Brasília, associação reuniu parlamentares e players do agronegócio brasileiro para lançamento do estudo de 25 anos de transgênicos no campo

Para entender os avanços e benefícios da biotecnologia agrícola nos últimos anos, a CropLife Brasil (CLB) realizou um estudo em parceria com a Agroconsult. Como resultado, nesta semana, a CLB, em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (ABRASS) e Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), ofereceu uma confraternização em Brasília para lançar o estudo chamado “25 anos de transgênicos no campo”. Nela, estavam presentes representantes da indústria e do poder público.

“Este ano é muito especial, estamos completando 25 anos de biotecnologia aqui no Brasil. Há 25 anos nós aprovamos a primeira planta transgênica e isso trouxe uma revolução extremamente grande para a nossa agricultura, nosso meio ambiente. Como resultado disso, preparamos um estudo que mostra os resultados econômicos, sociais e ambientais dos trangênicos”, disse Eduardo Leão, presidente da CropLife Brasil, durante o evento.

Entre os presentes, estavam os senadores Zequinha Marinho, Tereza Cristina, Alan Rick e os deputados Alceu Moreira, Sérgio Souza e Pedro Lupion. “Eu fico pensando e lembrando como nós evoluímos, crescemos e embarcamos em tecnologia em tão pouco tempo. Nós começamos lá atrás a falar sobre transgênicos, fomos vencendo todos os desafios e hoje nós somos o que somos por conta da tecnologia”, disse a senadora Tereza Cristina.

25 anos de transgênicos em números

O estudo tem como marco a safra de 2022/2023 de grãos. Dessa forma, contempla os 25 anos da primeira aprovação de um cultivo de transgênicos no Brasil. Atualmente, o Brasil cultiva aproximadamente 56,9 milhões de hectares de lavouras transgênicas, considerando as culturas de soja, milho, algodão, feijão e cana-de-açúcar. Como resultado, o país ocupa a segunda posição no ranking de países que mais adotam organismos geneticamente modificados (OGM), ou transgênicos, nas lavouras.

O estudo observou que esse aumento de cultivo de transgênicos gerou um grande aumento de produção com a mínima expansão da área cultivada. No caso da soja, a partir da introdução da transgenia, enquanto a produção aumentou quase 300%, a área cresceu apenas 170%. Do mesmo modo, no milho, a produção aumenta 75% e a área 18%. Bem como no algodão, a produção é incrementada em 23% e a área somente em 7,5%.

Impactos socioeconômicos dos transgênicos

Em relação aos ganhos de produtividade, as sementes transgênicas foram responsáveis por um volume de produção adicional de 112,3 milhões de toneladas de grãos. Destes, 17,5 milhões de toneladas de soja, 93,5 milhões de toneladas de milho e 1,2 milhão de toneladas de algodão.

O aumento na produtividade também desencadeou em uma geração de receita adicional de R$ 143,5 bilhões para o setor agrícola ao longo dos últimos 25 anos. Pensando na economia nacional, a transgenia nessas culturas injetou um valor adicional de R$ 295,7 bilhões na economia. E impactou o Produto Interno Bruto (PIB) em R$ 28,4 bilhões. Em receita de impostos, os resultados obtidos pelo uso da biotecnologia causaram um aumento de R$ 6,1 bilhões. Em exportações, estima-se que o volume produzido de soja, milho e algodão representou 39,6 milhões de toneladas a mais e gerou reservas próximas de US$ 20,6 bilhões. Além da criação de 196.853 postos de trabalho, o que correspondeu a R$ 14 bilhões pagos em salários.

Impactos ambientais dos transgênicos

O ganho de produtividade e contenção da área cultivada provocou a economia de área plantada em 21,4 milhões de hectares entre 1998 e 2022/23. Isso equivale ao dobro do total da área de soja plantada no estado de Mato Grosso em 2020.

Outro fator da biotecnologia foi a produção de sementes mais resistentes a pragas e doenças. Acarretando em uma diminuição no uso de defensivos químicos. Ao todo, o estudo apresentou que nos últimos 25 anos, houve redução na dosagem aplicada de defensivos (incluindo adjuvantes relacionados). Sendo assim, de 35,0% para soja, de 16,2% para milho verão, de 16,4% para milho inverno e de 27,5% para algodão. No total, o cultivo de plantas transgênicas contribuiu para redução da utilização de 1.597 mil toneladas de defensivos. Correspondendo à exclusão do ambiente de 808 mil toneladas de princípios ativos distintos usados para o controle de pragas-alvo da tecnologia.

O cultivo de transgênicos também colaborou para uma menor utilização de recursos renováveis e não renováveis. A economia de combustível foi estimada em 565 milhões de litros e de 10,4 bilhões de litros de água nos cultivos transgênicos quando comparados aos convencionais, no período de apenas quatro anos.

Os fatores citados acima ajudaram na redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) chega a 70,4 milhões de toneladas de CO2, o que equivale ao plantio de 504 milhões de árvores nativas.

 

25 anos de transgênicos no campo: benefícios ambientais, econômicos e sociais no Brasil

Acesse o estudo

 

Parlamentares presentes

Estavam presentes no evento os deputados João Medeiros, Diego Garcia, Sérgio Souza, Pedro Lupion, Coronel Fernanda, Abílio Santana, Alceu Moreira e Sérgio Souza, e os senadores Zequinha Marinho, Tereza Cristina, Margareth Buzzeti e Alan Rick. O Secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, também participou da confraternização.
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